Pelo segundo ano consecutivo arrumei um calendário pra orientar meu ano. Como de praxe, escolhi a porta do meu quarto pra fixar o estilizado conta-tempo, o primeiro lugar que vejo quando entro e saio do meu recinto. Já que isso acontece várias vezes por dia, achei a melhor opção, de novo. Mas, como disse, essa foi a segunda vez que uso o dito cujo colado na porta, ou seja, a primeira troca. Troca. Ô palavra mais de agosto! Troquemos (de novo!), então, por mudança. Mudança, ah!, melhoria notada até na entonação.
Pois bem. Enquanto arrancava sutilmente a fita dupla-face do vinte-zero-oito, ia lembrando de tudo que me aconteceu nos 366 dias anteriores: desde o entediante primeirão de janeiro ao agitado e comemorado 31 de dezembro, todos eles passavam pela minha cabeça, a maioria em ordem cronológica, outros, inovando. Não foi um ano fácil, e as dificuldades vão além dos casuais problemas-vestibulando. Devo dizer, já concluído e contrastando, que foi um ano fantastique. Sem mais delongas e detalhes, temo transformar esse aqui em algo muito pessoal e doce, e eu não quero isso por agora. Pra ser sincero, até almejo dar um ar universalista nisso tudo.
Finalmente, quando o último centímetro de fita adesiva cedeu, eu dobrei o grande papel num pequeno quadrado imperfeito para facilitar seu lugar no lixeiro. Antes de abandonar o objeto, porém, olhei bem pra ele e enxerguei as quatro letras muy discretas que eu tinha escrito embaixo dos também quatro números que formam 2008: H O P E. Foi aí que me dei conta de que se fechou mais um ciclo, de formidável forma e vitória, e que se fez valer o nome. Talvez não exatamente como eu queria, mas de um jeito que aprendi a gostar tanto ou mais do que o desejado.
Mudança. O outro calendário (o vinte-zero-nove), até então timidamente enrolado num elástico, esperava há dias seu lugar ao sol (minha porta recebe toda a iluminação natural das duas janelas do quarto). A hora chegou. Desenrolei-o. Uma tesoura e um mais um rolo de fita-adesiva. Meus pés e alguns pesos extras parar domar as insistentes dobraduras. Em pouco tempo, lá estava ele, pronto pra ser colado, marcado e visto durante mais um ano inteiro. É bonito e tem vida, até recebeu elogios de minha mãe e minha irmã perguntou sobre sua origem pra ter um igual.
Mudança. Não dá pra falar muito sobre o novo, justamente por ser novo. O calendário está em branco, sem muita história ainda, mas sua pré-história é sem dúvida essencial para todo um entendimento futuro ou previsão, e eu não sou a melhor pessoa no ramo das adivinhações e probabilidades, presente. No mais, é esperar. E seguir preenchendo a história desse aí, que ainda não tem nome, como seu precursor (Hope), mas que vai conquistar seu espaço na minha memória. E aqui, conseqüentemente.
Um 2009 excelente para mim e você, curioso do bem.
PS: Ainda não houve adaptação de minha parte para deixar o uso do querido e sonoro trema, e não há previsão.
sábado, 3 de janeiro de 2009
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e que venha o vinte-zero-nove! :]
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